Nascida no distrito de Boa Vista, interior de Santa Cruz do Sul, Regina Simonis (1900–1996) dedicou sua vida à carreira de artista e de floricultora numa cidade e época em que tais profissões não eram habituais. Filha de professor e neta de imigrantes alemães, aos 29 anos decidiu ingressar no Instituto de Belas Artes, em Porto Alegre, para estudar desenho e pintura. Simonis foi aluna dos mestres Francis Pelichek (1896 – 1937) e Libindo Ferrás (1887 – 1951) e, durante seu percurso na capital, produziu obras baseadas em estudos do corpo humano, na arte do retrato e natureza morta. Tornou-se, assim, a primeira mulher artista de Santa Cruz do Sul ao receber o diploma de pintura em 1933, no Instituto de Belas Artes.
Apesar do ótimo domínio de técnicas em suas pinturas e desenhos, a artista demorou para ser reconhecida em sua cidade natal. Foi a partir de uma visita que recebeu de seu sobrinho, Guido Koehler, que Regina Simonis escolheu vender algumas de suas obras. Aos poucos, seu trabalho foi-se afirmando na sociedade santa-cruzense e, no fim de sua vida, em 1995, a artista foi oficialmente reconhecida quando o prédio do antigo Banco Pelotense recebeu a denominação de “Casa das Artes Regina Simonis.”
Atualmente, a Casa das Artes é um dos espaços culturais de maior relevância da cidade. O prédio é situado no Centro Histórico de Santa Cruz do Sul, na Rua Marechal Floriano, com suas lindas alamedas de tipuanas, mais conhecida como “Túnel Verde”.
No ano de 1993 a Câmara de Vereadores de Santa Cruz do Sul homenageou Regina Simonis com o título de cidadã Honorária.
(Texto produzido por Marina Trindade, Bacharel em História pela UFRGS)